O governo venezuelano elevou o salário mínimo para 250.000 bolívares por mês, cerca de 3,71 dólares, ou R$ 15,14 na taxa de câmbio oficial vigente de uma economia que há dois anos sofre com uma hiperinflação que destrói o valor da
moeda local.
O aumento de 66,66% está em vigor desde 1º de janeiro e se soma a um aumento de 33,33% no bônus de alimentação, a 200.000 bolívares. O ex-ministro e atual membro da Assembleia Nacional Constituinte Francisco Torrealba postou no Twitter os decretos presidenciais publicados no diário oficial de 9 de janeiro de 2020.
O novo salário é suficiente para comprar uma caixa de ovos e cerca de 100 gramas de queijo branco fresco, ou um pouco mais de um 1 quilo de carne. A inflação anualizada da Venezuela para novembro foi de 13.476%, segundo
dados do Congresso. O último relatório do Banco Central em setembro de 2019 mostrou um aumento acumulado de 4.679,5% nos preços.
A oposição e analistas acusam o governo do presidente Nicolás Maduro de ser o responsável pela pior crise econômica da história do país, que tem as maiores reservas de petróleo do mundo. O líder esquerdista atribui os males da
economia às sanções dos Estados Unidos.
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