A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 29 de novembro de 2018,
a operação HYBRIS com a finalidade de reprimir crimes de responsabilidade, lavagem
de dinheiro e organização criminosa praticados pelos ex-gestores da prefeitura de
Jenipapo dos Vieiras no período de 2005 a 2013.
As investigações foram iniciadas no ano de 2012 e culminaram com a identificação de
um esquema criminoso que se apropriou de recursos públicos por meio de fraude em
licitações e sua posterior ocultação com a compra de vasta quantidade de imóveis no
interior do Estado do Maranhão, distribuindo-os entre familiares do ex-prefeito do
município.
O grupo criminoso atuava desde 2005 dissimulando os desvios de verbas públicas
destinadas aos fundos de participação municipal, saúde e educação por meio da
contratação de empresas familiares que operacionalizavam as ações, que aconteciam
principalmente com o saque em espécie de milhões de reais.
O prejuízo aos cofres públicos, segundo levantamentos preliminares, gira em torno de
R$ 92 milhões de reais. Vale lembrar que o município de Jenipapo dos Vieiras
apresentou-se como a terceira cidade com menor índice de desenvolvimento humano –
IDHM do Maranhão no ano 2010.
A Polícia Federal cumpriu 11 (onze) mandados judiciais de busca e apreensão nas
cidades de São Luis, Jenipapo dos Vieiras e Cedral e, ainda, foi determinado o
sequestro judicial de 62 imóveis que estão em nome dos investigados. A operação
contou com a participação de 60 (sessenta) Policiais Federais desta Superintendência
Regional do Maranhão.
O nome Hybris da operação vem de Aristóteles, que definia a humilhação de pessoas
pelo mero descaso, independente de causa ou qualquer coisa que tenha acontecido ou
que elas tenham feito. Hybris não é o acerto de contas por erros cometidos – isso é
vingança. Hybris é o descaso que alguém tem pelos outros, ou pelos deuses, quando
acha que pode fazer tudo que quiser.
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de responsabilidade, lavagem de dinheiro
e associação criminosa, cujas penas máximas podem alcançar 22 anos de prisão.
Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão